sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Mercadante defende destinação de 100% dos royalties do petróleo para educação



         O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, voltou a defender a destinação de 100% dos royalties decorrentes da exploração do petróleo, tanto na camada do pré-sal como na área do pós-sal, à educação. Segundo ele, a proposta, que tem apoio da presidenta Dilma Rousseff, é a alternativa “concreta” para garantir a destinação, em dez anos, de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) ao setor, conforme prevê o Plano Nacional de Educação (PNE), aprovado este mês pela Câmara dos Deputados. O Projeto de Lei 8035/2010, que trata do PNE, ainda será votado no Senado.

        “A única alternativa real e concreta que eu vejo é vincularmos todos os royalties do petróleo à educação em todos os níveis, federal, estadual e municipal, além de 50% do fundo social [do pré-sal]. Como o petróleo é uma energia não renovável, a que a próxima geração não terá acesso, a nossa obrigação é deixar um Brasil melhor e o único passaporte é a educação”, disse, após participar de um seminário sobre os desafios da educação no Brasil, no Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), em Brasília.

       Mercadante acredita que o novo modelo de partilha dos royalties decorrentes da exploração do petróleo na camada pré-sal possa ser votado na próxima semana no Senado.

“Essa proposta tem apoio do governo, agora precisamos de voto no Congresso e não vai ser uma disputa fácil. Estão marcando para votar quarta-feira, não sei se votam. Eu acho que vão votar neste fim de ano”, disse.

       O governo já sinalizou que a aprovação, até o final do ano, no Congresso Nacional, do Plano Nacional de Educação (PNE) e do novo modelo de partilha dos royalties é prioridade. A intenção é tratar os dois assuntos de forma casada para que o pré-sal assegure recursos para a educação.

Fonte: Agência Brasil, em 30/10/2012.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Sepe terá audiência com a SEEDUC na tarde desta quarta (24/10)


direção do Sepe terá uma audiência hoje com o subsecretário de Educação, Antonio Netona SEEDUC, a partir das15hNa pauta do encontroentre outros assuntos pendentes da rede estadual, a direção do sindicato vai cobrarexplicações sobre o porquê do governo do Estado não incluir na previsão de Lei Orçamentária para 2013 um percentualde verbas que garantam um reajuste para a educação e a saúde do estado. No projeto enviado para a Alerj estãoprevistos dois aumentos para o setor de segurança quejuntosalcançam um índice de cerca de 24% de aumento parapoliciais militarescivis e bombeirosOutro ponto que o Sepe deverá abordar na audiência é o problema do fechamentode unidades da rede estadual e a falta de reajuste salarial em 2012. 


Risolia anunciou hoje liberação do "vale cultura" (R$ 500,00) para o dia 2/11


Hoje, o scretário Risolia anunciou no Jornal O Dia a liberação do chamado "vale cultura", com o deposito na conta dosprofessores de R$ 500, no dia 02 de novembro. Segundo o secretário Risoliaesses R$ 500 se detinam para que "osprofessores possam investir para melhoria do desempenho da sua função"Desde o lançamento do bônus, em 2011, o vale tem sido muito criticado pela categoria e pelo Sepe que não representa qualquer reajuste salarial que seincorpore ao salário muito baixo dos profissionais e não tem uma periodicidade definidaDurante a greve de 2011, quedurou mais de dois meses, o Sepe chegou a promover um "Dia de ida ao supermercadopara que a categoria utilizasse o valor na compra de mantimentos.  Dados da propria secretaria mostram que da última vez que o "vale cultura foidepositadomais de 20% da categoria utilizou o dinheiro para gastos com alimentação e outros de ordem financeira porcausa dos baixos salários.

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Audiência pública da Comissão de Educação da Alerj vai discutir grade de Sociologia na rede estadual no dia 14/11

Comissão de Educação da Alerj promoverá uma audiência pública no dia 14 de novembrocuja pauta será a questão da grade de Sociologia na rede estadual. Como a audiência será aberta, o Sepe convoca os profissionais de Sociologia das escolas estaduais para comparecerem ao debate que será iniciado às 10h.

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Professor brasileiro tem um dos piores salários do mundo


Professor brasileiro é dos mais mal pagos do mundo

Professores brasileiros em escolas de Ensino Fundamental têm um dos piores salários de sua categoria em todo o mundo e recebem uma renda abaixo do Produto Interno Bruto (PIB) per capita nacional. É o que mostram estudos realizados por economistas, por agências da ONU, Banco Mundial e Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Num estudo realizado pelo banco UBS em 2011, economistas constataram que um professor do Ensino Fundamental em São Paulo ganha, em média, US$ 10,6 mil por ano. O valor é apenas 10% do que ganha um professor nesta mesma fase na Suíça, onde o salário médio dessa categoria em Zurique (Suiça) seria de US$ 104,6 mil por ano.
Numa lista de 73 cidades, apenas 17 delas registraram salários inferiores aos de São Paulo, entre elas Nairobi (Quênia), Lima (Peru), Mumbai (Índia) e Cairo (Egito). Em praticamente toda a Europa, Estados Unidos e Japão, os salários são pelo menos cinco vezes superiores ao de um professor do Ensino Fundamental em São Paulo.

Prestes a comemorar o Dia Internacional do Professor, nesta sexta-feira, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) lançou um alerta, apontando que a profissão em vários países emergentes está sob “forte ameaça” diante dos salários baixos.

Guy Ryder, o novo diretor-geral da OIT, emitiu um comunicado nesta quarta-feira apelando que governos adotem estratégias para motivar pessoas a se tornarem professores. Sua avaliação é de que, com salários baixos, a profissão não atrai pessoas qualificadas. O resultado é a manutenção de sistemas de educação de baixo nível. “Muitos já não consideram dar aulas como uma profissão com atrativos”, disse. Para Ryder, a educação deve ser vista por governos como “um dos pilares do crescimento econômico”.
Outro estudo – liderado pela OIT e pela Unesco (órgão da ONU para educação, ciência e cultura) e realizado com base em dados do final da década passada – revelou que docentes que começam a carreira no Brasil têm salários bem abaixo em relação a uma lista de 38 países – apenas Peru e Indonésia pagam menos. O salário anual médio de um professor em início de carreira no País chegava a apenas US$ 4,8 mil – na Alemanha, esse valor era de US$ 30 mil por ano.

Numa comparação com a renda média nacional, os salários dos professores do Ensino Fundamental também estão abaixo da média do País. Segundo o Banco Mundial, o PIB per capita nacional chegou em 2011 a US$ 11,6 mil por ano. O valor é US$ 1 mil a mais que a renda de um professor, segundo o UBS.

Já a OCDE alerta que professores do Fundamental em países desenvolvidos recebem por ano uma renda 17% superior ao salário médio de seus países, como forma de incentivar a profissão. Na Coreia do Sul, os salários médios de professores são 121% superiores à média nacional.

O Fórum Econômico Mundial apontou recentemente a Coreia como uma das economias mais dinâmicas do mundo e atribuiu a valorização da Educação como um dos fatores que transformaram uma sociedade rural em uma das mais inovadoras no século 21.
JAMIL CHADE
Fonte: Estadão

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Animadores Culturais - votação no TJ é adiada novamente


           Os animadores culturais das escolas estaduais foram informados na manhã de hoje (dia 26) que a votação no TJ sobre a ação sobre a consntitucionalidade do cargo nos quadros da SEEDUC foi cancelada. Os animadores, que realizariam uma vigília na porta do TJ para acompanhar a votação, agora se encontram reunidos no auditório do Sepe discutindo os próximos passos da mobilização pela sua regularização funcional. A próxima audiência está prevista para a próxima semana.

Segue a informação sobre o processo, desenvolvida pela advogada do Sepe, Adilaine Silva Soares: 

“A 7ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro adiou por mais uma semana a retomada do julgamento da Apelação (0081598-85.2011.8.19.0001) interposta pelo SEPE em defesa dos Animadores Culturais contra sentença proferida pelo Juízo da 13ª Vara de Fazenda Pública na Ação Civil Pública proposta pelo Ministério Público do Estado do RJ.

“Na última sessão, em razão do pedido de vista feito pelo Desembargador Dr. Ricardo Couto, a Câmara adiou o julgamento para hoje, porém, o Desembargador vogal novamente requereu mais uma semana de vista, adiando novamente o julgamento para a próxima quarta-feira (dia 03/10/2012), quando então esperamos ser julgado e acatado o recurso interposto pelo SEPE.

“Após a comunicação do adiamento, o Departamento Jurídico se dirigiu à Presidência do Tribunal a fim de contactar o Desembargador Dr. Manoel Alberto, que havia intermediado a questão no ano passado, mas devido à sua ausência foi recebido pela Juíza Auxiliar da Presidência, Drª. Luciana Lousada, que se comprometeu em repassar ao Presidente a questão novamente.

“A Câmara já reconheceu a legitimidade do SEPE, que sem dúvida alguma é uma primeira vitória, porém parcial, já que o mérito da ação ainda não foi julgado. É preciso reconhecer a Animação Cultural, que já mostrou seu valor, é legal e não pode o Estado, agora, passados quase 20 anos colocar mais de 500 pais e mães de família na rua.

“Diante disto, mais do que nunca é necessário manter e intensificar a mobilização porque a causa é justa e a luta é o caminho da vitória.”



quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Política Econômica e Educacional da América Latina

Mesa de Debate sobre Política Econômica e Educacional da América Latina !!! 
Biblioteca do Colégio Ary Parreiras !!! Dia 04 de setembro de 2012 !!!

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Redução da carga horária de Filosofia e Sociologia: Veja posição do Sepe contra mais um ataque da SEEDUC contra a educação estadual


Publicamos abaixo um texto construído em conjunto com profissionais da área de Filosofia e Sociologia, denunciando o mais novo ataque da SEEDUC contra a educação estadual, com a diminuição da carga horária destas disciplinas:


O SEPE contra a redução da carga horária de filosofia e sociologia


Lembrando as medidas do pavoroso governo militar e em sintonia com o pensamento tecnicista e mercadológico do atual governo do Estado, desde o início deste ano, as disciplinas filosofia e sociologia perderam um tempo de aula em sua carga horária no segundo segmento do ensino médio (2º ano), devido a uma medida governamental¹ que veio a prejudicar estudantes e professores. Vale a pena lembrar que desde que foi instituída a obrigatoriedade dessas disciplinas por meio de lei federal no ensino médio de todo país, o primeiro segmento do ensino médio (1º ano), também tinha sua carga horária reduzida em um único tempo. 


Assim, a redução de carga horária operada este ano pela SEEDUC, deixou os dois primeiros segmentos do ensino médio amputados.  Vale lembrar, que os dois anos iniciais do ensino médio são fundamentais para que  o estudante ganhe compreensão de qualidade nestas duas disciplinas, as quais necessitam de tempo para serem desenvolvidas. Milhares de estudantes reduzem seu contato com estas disciplinas de caráter critico formativo e centenas de professores destas matérias ficam impedidos de lecionar com qualidade devido ao pouco tempo que tem com os estudantes em sala de aula, e também, por muitas vezes, serem obrigados a trabalhar em diversos colégios e em tempos fragmentados para completar sua carga horária de trabalho semanal. Há ainda o temor dos professores de que, na virada do próximo ano, a SEEDUC venha a reduzir a carga horária oferecida para o terceiro segmento do ensino médio (3º ano).


O sepe se coloca contra a redução da carga horária destas disciplinas e na luta pela revisão crítica da grade de horário do ensino médio que cada vez mais é modificada em pró de interesses mercadológicos e privatistas impostos por sucessivos governos inimigos da educação pública de qualidade.


1.  RESOLUÇÃO SEEDUC Nº 4746 DE 30 DE NOVEMBRO DE 2011. Diário Oficial pg 18. http://www.ioerj.com.br/portal/modules/conteudoonline/mostra_swf.php?ie=MTMzODc%3D

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

É importante a observação da sala de aula


      A análise do desempenho dos alunos em testes deve ser uma das ferramentas usadas para avaliar a eficácia dos professores, mesmo que fatores externos à sala de aula influenciem os resultados dos estudantes. Esta é a opinião do diretor do Centro de Pesquisas em Políticas Educacionais de Harvard e vice-diretor da área de Educação da Fundação Bill & Melinda Gates, Thomas Kane. Mas ele ressalta: não basta olhar as conquistas dos alunos nos exames para saber sobre a eficiência dos profissionais de Educação. Coordenado por Kane, o projeto Medições de um Ensino Eficiente, da Fundação Bill & Melinda Gates, analisa o trabalho de três mil professores nos Estados Unidos usando também a observação da atuação deles em sala de aula e pesquisas com alunos.

     O relatório final do projeto ficará pronto em 2013, mas alguns resultados já foram divulgados. A pesquisa mostrou que professores que, no passado, tiveram alunos com ganhos de desempenho em testes anuais provavelmente terão, no futuro, alunos que melhorarão seu desempenho. E revelou que perguntar aos estudantes sobre seus professores e colocar observadores dentro de sala de aula são ferramentas úteis para saber mais sobre como os docentes podem melhorar.

Kane, que ministrou palestra na semana passada em São Paulo a convite da Fundação Lemann, Fundação Brava e Instituto Fernando Henrique Cardoso, diz que é preciso avaliar se o pagamento de bônus em dinheiro a professores realmente resulta na melhoria da aprendizagem.

GLOBO: Quão difícil é avaliar um professor?
THOMAS KANE: Ensinar, assim como aprender, é muito complexo. E, como consequência disso, o ensino precisa ser medido de múltiplas maneiras. No projeto Medições de um Ensino Eficiente, que a Fundação Bill e Melinda Gates financia, nós medimos a eficiência dos professores de várias formas. Olhamos para as melhorias apresentadas pelos alunos, pedimos para os estudantes nos dizerem o que pensam dos professores, observamos os professores ensinando em sala e aplicamos testes que avaliam o conhecimento dos professores sobre o conteúdo. Apenas quando você combina essas diferentes abordagens é que consegue saber, de forma precisa e justa, o trabalho que os professores estão fazendo.

GLOBO: Mas há uma forma de avaliar que seja mais importante que as outras?
KANE: Não sei se existe uma ferramenta mais importante, mas posso dizer que, se alguma delas não fosse eficiente, não seria valiosa para o projeto. O fundamental é saber se essas ferramentas vão ajudar a identificar os professores que farão com que os alunos aprendam melhor no ano que vem e nos próximos anos. Quando se fala em identificar os professores que terão estudantes com grandes conquistas no futuro, a melhor maneira é saber se eles (professores) já tiveram, no passado, alunos que apresentaram melhoras.

GLOBO: Como usar resultados de alunos em exames para avaliar professores?
KANE: Nos Estados Unidos, da terceira à oitava séries, estudantes fazem testes no final de todos os anos. Com esse teste anual você pode ver dentre os alunos que frequentaram as aulas na sala de um professor, quão bem eles se saíram no final do ano anterior. E o quanto eles conseguiram crescer em termos de conquistas alcançadas neste ano. Há duas coisas importantes. Primeiro: ser capaz de medir as melhorias alcançadas pelos alunos ao longo do tempo, usando os dados dos testes anuais. Segundo: ter dados precisos sobre quais alunos estão frequentando as aulas de professores específicos. Se você tem essas duas coisas, você pode medir a melhora dos alunos.

GLOBO:É preciso avaliar os alunos no início do ano e no final do ano e não apenas no final do ano?
KANE: Sim. O que você quer é focar no crescimento das conquistas alcançadas pelos alunos e não apenas no que eles alcançaram no final do ano. As realizações deles vão depender de como eles estavam quando começaram o ano.

GLOBO: Alguns críticos dizem que estudantes têm experiências diferentes fora da sala de aula e que os resultados deles em exames não refletem diretamente o trabalho do professor...
KANE: Isso é verdade. Há fatores fora da sala de aula que afetam os resultados dos alunos. É como um goleiro. Há várias coisas que afetam o número de gols marcados, como a qualidade do time adversário e os zagueiros do time. Mas a habilidade do goleiro será um fator muito importante sobre quantos gols foram marcados, apesar de não ser o único fator. E, no ensino, há outras coisas que influenciarão as melhoras apresentadas pelos alunos ao longo do ano. Por isso, é importante medir mais do que apenas as conquistas dos alunos. No entanto, vimos que o professor, individualmente, tem sim um grande impacto nestas conquistas.

GLOBO: Algumas pessoas dizem que, se os professores forem avaliados com base nos resultados dos alunos, eles não darão muita atenção a estudantes que têm mais dificuldade em aprender. O senhor concorda?
KANE: Por isso é que é importante focar no crescimento. Se você mede as mudanças nas conquistas dos alunos, e não apenas a performance deles no final do ano, então, essa é uma maneira de conseguir encorajar professores a prestarem atenção a todos os alunos numa sala, e não apenas nos alunos que têm resultados bons nos exames.

GLOBO: O senhor acredita que os professores tendem a treinar os alunos apenas a passar nos testes e a responder perguntas de múltipla escolha?
KANE: Isso é um perigo real. E, por isso, é importante avaliar os professores por meio de outras ferramentas que não apenas os resultados dos exames. É importante ter a observação da sala de aula e saber o que os alunos pensam dos professores. Aprendemos que se você perguntar aos alunos questões como “Quando você devolve seu dever de casa, você recebe um retorno útil do professor que vai ajudar você a melhorar?” ou “Você acha que o professor usa bem o tempo na aula?”, os alunos podem ajudar a identificar os professores com quem eles estão aprendendo mais.

GLOBO: As respostas dos alunos sobre os professores surpreenderam?
KANE: Uma das coisas que nos surpreendeu foi que o grau das respostas dos alunos parecia ser similar para o mesmo professor.

GLOBO: Pagar bônus a professores para estimulá-los a melhorar é uma boa medida?
KANE: Sabemos que existem grandes diferenças entre as melhorias apresentadas pelos alunos com diferentes professores. O importante é saber a origem dessas diferenças. Elas são causadas pelo esforço de cada professor, como se um trabalhasse mais que o outro? Ou elas são causadas pelo talento e habilidades adquiridas? Se você achar que elas se devem ao esforço, você tem que dar incentivos financeiros com base nos resultados de testes e em outros fatores. Mas se você acredita que as diferenças são causadas pelo talento e pelas habilidades, é preciso identificar de maneira mais cuidadosa quem são os professores mais eficientes, logo no início da carreira deles. No Estados Unidos, eu acredito que o problema não é o esforço. Para mim, os professores fazem o melhor trabalho que sabem fazer, mas não têm as habilidades que precisam para fazer com que os alunos aprendam. Nesse caso, os incentivos financeiros não vão fazer diferença nos resultados. Seria interessante pesquisar isso no Brasil, ou seja, saber se dar incentivos financeiros aos professores implica em uma melhora nos resultados dos alunos.

GLOBO: Os governos se preocupam o suficiente com a necessidade de avaliar os professores?
KANE: Atualmente, vários estados dos Estados Unidos estão tentando reinventar a maneira como avaliam os professores e como informam os professores sobre seus resultados. No passado, eles realmente não se preocupavam o suficiente. Para jovens professores no início de suas carreiras é especialmente importante saber como estão indo.

GLOBO: Por que é especialmente importante para professores em início de carreira?
KANE: Este é o período em que as pessoas estão formando seus hábitos, desenvolvendo uma maneira de ensinar e em que elas estão mais abertas a sugestões. Além disso, este é período em que é possível tomar decisões sobre quais professores devem ser mantidos e quais não devem ser mantidos. Nos Estados Unidos, essa decisão sobre quem é eficiente ou não pode ser tomada nos dois ou três primeiros anos da carreira dos professores.

GLOBO: Professores com resultados ruins deveriam ser demitidos?
KANE: Acho que deveríamos ter cuidado para que apenas os professores mais eficientes fossem efetivados após o período de estágio probatório.

GLOBO: Avaliar professores é algo muito caro?
KANE: Medir as melhorias de aprendizagem apresentadas pelos alunos e fazer pesquisas com estudantes não é tão dispendioso. A parte que custa mais dinheiro é ter um adulto para observar o trabalho do professor em sala de aula. Sei que o custo da mão de obra é diferente no Brasil e nos Estados Unidos. Mas, nos Estados Unidos, os órgãos governamentais que estão fazendo um bom trabalho na avaliação de professores estão gastando 2% da folha de pagamento no sistema de medição. Investir esse valor é investir em algo valioso e importante. Muitos órgãos educacionais nos Estados Unidos gastam dinheiro em atividades de treinamento que, muitas vezes, não terão tanto impacto na melhoria do aprendizado dos alunos. Fazer uma avaliação bem feita dos professores custa dinheiro, mas é uma das melhores maneiras de gastar o dinheiro.

Fonte: Jornal O Globo, 16/7/2012.

IMPORTANTE MESMO É A VALORIZAÇÃO DO PROFESSOR

Nos últimos anos é comum encontrarmos na grande mídia brasileira este tipo de reportagem com base em entrevista de personalidades estrangeiras, principalmente norte-americana, demonstrando relatórios de estudos ou pesquisas, com objetivo claro de responsabilizar o professor pelo insucesso educacional. É impressionante como instituições e governos no Brasil continuam abrindo espaço e implementando projetos com base nesses estudos e pesquisas.

A entrevista acima demonstra mais uma falácia desses estudos e pesquisas que influenciam instituições governamentais e patronais, que não estão preocupados com o avanço da educação no Brasil e sim, com os lucros e com a maquiagem de um ensino de qualidade.

Nós professores somos avaliados cotidianamente pelos diversos mecanismos que a sociedade produz, seja no resultado avaliativo do aluno ou no seu processo formativo de cidadania. Construir um processo educacional avaliativo equilibrado é dever de toda a sociedade, entretanto, criar mecanismo produtivista de caráter mercantilista, não desenvolve o nosso processo educacional, pelo contrário, prejudica os avanços conquistados.

Nós do Articulando Educadores discordamos dessa política mercantilista que o patronato e os governos do Estado e dos Municípios procuram implementar em nosso Estado. 

Fazer educação de qualidade é criar mecanismo de valorização do professor. 

Articulando Educadores

terça-feira, 24 de julho de 2012

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Articulando e Sinpro-Rio tiram delegados para o 8º CONATEE


Em assembleia realizada na última segunda-feira, 16 de julho, o coletivo Articulando Educadores e o Sinpro-Rio tiraram seus delegados para o 8º CONATEE, que acontecerá em São Paulo, nos dias 31 de agosto e 1º e 2 de setembro de 2012.
O tema do Congresso será: “Educação como prioridade: o desafio para o Brasil que se desenvolve”. De acordo com o edital de convocação da atividade, entre outras questões, a pauta do Congresso, será constituída de debate sobre Conjuntura Internacional e Nacional, Balanço da Gestão e Plano de Lutas, Prestação de Contas / Sustentação Financeira, Organização e Relações Sindicais, Relações Internacionais, Conjuntura Educacional, Reformulação Estatutária e Eleição para nova Diretoria e Conselho Fiscal.
Representando o Articulando estarão os professores Oswaldo Teles, Elson de Paiva, Leila Azevedo, Marcos Alexandre, Ireni Felizardo e Adalgiza Burity. A ARTSIND será representada pelos professores Helio Maia (Helinho) e Arnaldo Borba Jr.
Fonte: site do Sinpro-Rio, em 17/7/2012.

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Resultado das eleições gerais para a direção do Sepe Central

As eleições gerais para a diretoria do Sepe Central (gestão 2012),realizadas de 26 a 28 de junhotiveram o seguinte resultado:



Chapa 1: 6.025 votos - 39,45% dos votos apurados;

Chapa 4: 5.419 votos - 35,48%;

Chapa 2: 2.908 votos – 19,04%;

Chapa 3: 921 votos – 6,03%.

Total de votos válidos: 15.273 (95,13%);

Brancos e nulos: 782 (4,87%);

Total de votos: 16.055.

terça-feira, 26 de junho de 2012

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Eleições gerais do SEPE

26 a 28 de junho: eleições gerais do Sepe.

terça-feira, 19 de junho de 2012

Parabéns CEAP!




Caro Diretor:
PARABÉNS!!!!
Sua Escola foi selecionada para ir a Rio+20, na cidade do Rio de Janeiro e informamos que vocês terão disponível 01 ônibus com 45 lugares, sendo 40 alunos e 05 professores (incluindo o professor responsável pelo Projeto que foi enviado).
Vocês poderão ir selecionando esses alunos, que deverão ter assinado um TERMO DE COMPROMISSO, pelo responsável, mas lembramos que ainda estamos aguardando a AGENDA com  os espaços de visitação, para que possamos determinar o dia da viagem, que acontecerá entre 20 a 22 de junho.
Esta Escola será filmada para ser divulgado na mídia. Aguarde contato da SEEDUC, para mais informações.
Um abraço.

LIA MARCIA AMARAL DE OLIVEIRA
Membro da Coordenação de Ensino

(22) 3824-1051 - 3824-1518

 Regional Noroeste Fluminense

 Secretaria de Estado de Educação - RJ


quarta-feira, 6 de junho de 2012

terça-feira, 5 de junho de 2012

Professor tem salário mais baixo do País


No entanto, o achatamento salarial do magistério traz sérios prejuízos a longo prazo. Esta tese é comprovada por um relatório feito pela consultoria McKinsey, em 2007, que teve grande repercussão internacional ao destacar que uma característica dos países de melhor desempenho educacional do mundo - Finlândia, Canadá, Coreia do Sul, Japão e Singapura - era o alto poder de atração dos melhores alunos para o magistério.

"Não dá para imaginar que, dobrando o salário do professor, ele vai dobrar o aprendizado dos alunos. O problema é que os bons alunos não querem ser professores no Brasil. Para atrair os melhores, é preciso ter salários mais atrativos", afirma Priscila Cruz, diretora-executiva do Todos Pela Educação.

O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Roberto Franklin de Leão, concorda com o diagnóstico da baixa atratividade da profissão. Ele afirma que a carreira de professor, salvo exceções, acaba atraindo quem não tem nota para ingressar em outra faculdade.

Para Roberto Leão, salário é fundamental, mas não o suficiente para melhorar a qualidade do ensino. "Sem salário, não há a menor possibilidade de qualidade. Agora, claro que é preciso mais do que isso: carreira, formação e gestão".

Priscila Cruz também diz que o salário é só parte da solução. "É preciso melhorar salários para que os alunos aprendam mais. Mas o profissional também tem que ser mais cobrado e responsabilizado por resultados. Não pode, por exemplo, faltar e ficar tantos dias de licença, como é freqüente".

Líder - Os professores do Distrito Federal recebem os maiores salários da categoria no Brasil, conforme o censo do IBGE. Nem por isso deixaram de fazer greve este ano. Durante 52 dias, cruzaram os braços para reivindicar isonomia com as demais carreiras de nível superior. O sindicato diz que um profissional ganha, em média, R$ 5 mil por mês - o que deixaria o magistério em 23º lugar, dentre 26 áreas do governo local.

No balanço feito pelo O Globo a partir do censo do IBGE, o DF ficou na primeira posição do ranking salarial de professores por estado, tanto no ensino médio (R$ 4.367) quanto no ensino fundamental (R$ 3.412). O Rio de Janeiro foi o 4º no ensino médio, com renda mensal de R$ 2.778; e o 9º no ensino fundamental, com R$ 1.882. Os dados são de 2010 e consideram profissionais da rede pública e privada.

O Sindicato dos Professores no Distrito Federal (Sinpro-DF) diz que o resto do País não serve de parâmetro. É que, no DF, o governo federal banca despesas de Segurança Pública e parte dos gastos com Educação e Saúde. "Não podemos comparar o salário do Distrito Federal com o de outros estados e sim com os dos demais trabalhadores do DF. A grosso modo, todas as carreiras do DF têm salários maiores: o médico ganha mais, o policial ganha mais", diz a diretora de Imprensa do Sinpro, Rosilene Corrêa.

A greve terminou no último dia 2. Para recuperar aulas, as escolas funcionarão aos sábados até o fim do ano.

O professor de Português Carlos Eugênio Rêgo, de 47 anos, recebe salário bruto de R$ 7.464,42 por mês. Ele leciona há 21 anos e está perto do topo da carreira, cuja remuneração vai de R$ 2.426,69 a R$ 8.794,44, conforme tabela do Sinpro. Trabalha no Centro de Ensino Médio Setor Oeste, escola da rede pública de Brasília com melhores resultados no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) à exceção de colégios militares. Ele diz que, ocasionalmente, dá aulas em cursinhos para complementar a renda. "O ponto fundamental é a isonomia. Incomoda muito a enxurrada de reportagens dizendo que temos o maior salário do Brasil. Tem que levar em conta o custo de vida", diz Carlos Eugênio.

Já o professor de Física Lucélio Oliveira Fernandes, 42 anos, conta que o Setor Oeste não tem laboratório de Ciências e dispõe de apenas dois docentes de Física para 1.140 alunos de ensino médio. Segundo ele, seria necessário pelo menos mais um profissional. "E olha que dizem que essa é a melhor escola do DF. Fico imaginando como é a pior", afirma Lucélio.

Às vésperas da aposentadoria, o professor de Geografia e Artes Francisco Chagas Rocha, o Paco, de 64 anos, vê descaso na forma como os governos, depois de eleitos, tratam o magistério. "Se você ganha seis ou sete mil reais por mês, acaba ganhando (líquido) 3.500 reais. E o GDF [governo do Distrito Federal], escreva aí, por favor, o GDF, cretinamente, diz que o professor ganha bem", diz Paco.

Medicina - No outro extremo das carreiras universitárias, o Censo 2010 do IBGE mostra que nenhuma outra área é tão vantajosa, em termos financeiros, quanto Medicina. Os médicos têm os maiores salários e a menor taxa de desemprego entre profissionais com nível superior: apenas 0,7%.

Engenharia Civil e Construção é a segunda de melhor remuneração no País e a terceira com menor taxa de desemprego (1,7%). Ao menos no que diz respeito ao desemprego, as carreiras docentes não são tão ruins, com taxas médias próximas a 3% (a média nacional para todas era de 8% em 2010)

"O caso da Medicina chama atenção. Taxa de desocupação baixa, renda média elevada e 42% dos profissionais possuem dois empregos [ou mais], fixando-se em grandes centros urbanos. Há déficit de profissionais para suprir a demanda nacional e elevada concentração nos grandes e médios centros urbanos", diz Henrique Heidtmann, coordenador de graduação da Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas da FGV.

Para ele, este quadro levanta um desafio importante de fixação de profissionais em regiões afastadas dos centros urbanos, que precisam oferecer salários bem maiores que os dos grandes centros e, mesmo assim, encontram dificuldades para contratar médicos.

Presidente da Federação Nacional dos Médicos, Cid Carvalhaes ressalta que médicos trabalham, em média, 62 horas semanais, o que ajudaria a explicar a renda elevada, e reclama de vínculos empregatícios precários e de falta de segurança e equipamentos. "Não tem desemprego para médico hoje. Tem subemprego. Para conseguir esse salário médio mensal, ele cumpre jornada 50% maior que a de qualquer outro profissional e trabalha à noite, aos sábados, domingos e feriados".

Na avaliação de Edson Nunes, pró-reitor da Universidade Candido Mendes e ex-presidente do Conselho Nacional de Educação, apesar de algumas carreiras terem renda e desemprego maiores que outras, as taxas são sempre melhores que as da população sem diploma universitário. Mas pondera que nem sempre o profissional de nível superior consegue emprego em sua área de formação.

Professor da FGV, Kaizô Beltrão observa outro ponto importante. "Existem atividades em que há pessoas com diplomas de nível superior atuando em profissões que requerem só nível médio ou outros níveis. São profissionais com diploma de nível superior atuando em posições que não exigem graduação".

Fonte: O Globo, em 21/5/2012.

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Funcionalismo estadual tem indicativo de paralisação de 24 horas dia 14 de junho



    Reunião do Musp com mais de vinte entidades deliberou indicativo de paralisação de 24 horas no serviço público estadual para o dia 14 de junho, com passeata e ato público no centro da cidade. Até lá, as categorias discutirão o indicativo em seus respectivos fóruns. O Sepe irá deliberar sobre a possibilidade de paralisação no Conselho Deliberativo de sábado, 2 de junho, a partir das 10h, no Sindicato dos Metroviários (Av. Rio Branco, 277, 4o andar, Centro). Veja mais

Confira as principais deliberações da assembleia da rede estadual do dia 12/5
   Assembleia da Rede Estadual deliberou pela manutenção da orientação do Sepe para que os professores não façam o lançamento de notas no Conexão Educação e que não façam a correção das provas do SAERJ deste primeiro bimestre. Veja mais aqui
Conselho Deliberativo da rede municipal do Rio no dia 5 de junho será no SindJustiça
   A coordenação da Capital do Sepe acaba de confirmar o local do próximo Conselho Deliberativo da Rede Municipal do Rio, que será realizado no dia 5 de junho, no auditório do SindiJustiça (Travessa do Paço, 23 - 13º andar - Centro). Na pauta do Conselho discussões sobre a Circular 02 do prefeito que reprime e intimida os profissionais nas escolas, plano de carreira, campanha salarial, entre outros assuntos.

IASERJ ameaçado: Servidores participarão de audiência pública na Alerj no dia 31 de maio
    A luta pela defesa do IASERJ, Instituto de Assistência aos Servidores Públicos, vai continuar nos dias 31 de maio, quando haverá uma audiência pública na Alerj (sala 316), a partir das 10h e, no dia 4 de junho com uma ocupação da área do Hospital Central do órgão, na Praça da Cruz Vermelha, durante toda a noite. A ocupação tem o objetivo de evitar que o governo estadual coloque tapumes no local para dar início ao processo de demolição da unidade.
 Calendário

02/06/2012
    CONSELHO DELIBERATIVO DA REDE ESTADUAL: a partir das 10h, no Sindicato dos Metroviários (Av. Rio Branco 277/401 Centro). Pauta: Ataque do governador aos triênios; Pressão da SEEDUC para o lançamento de notas no Conexão Educação; Projeto Autonomia; Campanha Salarial; Mobilização contra os ataques aos nossos direitos.

05/06/2012
    CONSELHO DELIBERATIVO DA REDE MUNICIPAL DO RIO: A partir das 18h, no auditório do SindJustiça (Travessa do Paço, 23 - 13º andar) . Pauta: Discussão sobre pacote da prefeitura/SME (Circular 02; Plano de Carreira; novos projetos da Secretaria que ferem a autonomia pedagógica e ameaçam a categoria; campanha salarial)