A Regional 3 do Sepe vai entra na Justiça com uma ação Civil Pública por danos morais e materiais aos servidores estaduais contra o governo estadual e o banco Bradesco. A ação se justifica pelo fato das autoridades estaduais e a administração do Bradesco estarem promovendo uma série de irregularidades no processo da mudança dos depósitos dos salários dos servidores para esta instituição bancária. Para o Sepe, o esquema montado para divulgar a mudança foi montado com o objetivo de induzir os servidores a acreditar que seria obrigatório para todas a abertura de uma conta corrente no Bradesco.
Tal esquema para enganar os servidores contou com um grande aparato, na Cidade Nova, com direito a tapete vermelho, petiscos, cafezinhos e brindes. O governador Sérgio Cabral chegou a inaugurar este espaço, junto com seu Vice, Pezão e um secretário, participando diretamente do esquema para iludir o servidor, como o primeiro a abrir sua conta. Além disso as páginas do governo que orientam o servidor, garantem que o “ procedimento é obrigatório para garantir a continuidade do seu pagamento a partir de janeiro de 2012”. A página oficial do governo do estado para esse fim (Mudança de Conta), chega a colocar um link direto com o banco Bradesco para acesso do servidor.
Amplamente divulgado pela imprensa como um procedimento obrigatório, a abertura da conta corrente, era imposta a partir de um envelope pronto com o nome do servidor, cartão de crédito e até documentos previamente marcados. Quem pedisse apenas a conta salário, lhe era negado e informado que o preenchimento de toda a papelada era obrigatória sob pena do servidor ficar sem salário a partir de janeiro.
A Regional 3 e a CSP Conlutas, entidade que também fará parte da ação civil pública, também exigirão esclarecimentos quanto aos gastos com a montagem dos postos de atendimento. Se há dinheiro público num grande esquema montado para iludir o servidor, o governo do Estado terá que responder na justiça.
O esquema levou que milhares de servidores públicos tivessem que se dirigir aos postos de atendimento, com gastos de passagens ou táxis, quando tudo poderia ser feito em alguma agência perto da residência de cada um.
Além da ação civil pública a denúncia será entregue na Alerj, no Ministério Público e na OAB. Para mais detalhes sobre o assunto, acesse o site da Regional 3 do Sepe:
http://regional3.sepe.tenhosite.com/site/