quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Abertura de contas no Bradesco: Regional 3 do Sepe vai entrar na Justiça contra o governo do Estado e Bradesco

             A Regional 3 do Sepe vai entra na Justiça com uma ação Civil Pública por danos morais e materiais aos servidores estaduais contra o governo estadual e o banco Bradesco. A ação se justifica pelo fato das autoridades estaduais e a administração do Bradesco estarem promovendo uma série de irregularidades no processo da mudança dos depósitos dos salários dos servidores para esta instituição bancária. Para o Sepe, o esquema montado para divulgar a mudança foi montado com o objetivo de induzir os servidores a acreditar que seria obrigatório para todas a abertura de uma conta corrente no Bradesco.

             Tal  esquema para enganar os servidores contou com um grande aparato, na Cidade Nova, com direito a tapete vermelho, petiscos, cafezinhos e brindes. O governador Sérgio Cabral chegou a inaugurar este  espaço, junto com seu Vice, Pezão e um secretário, participando diretamente do esquema para iludir o servidor, como o primeiro a abrir sua conta. Além disso as páginas do governo que orientam o servidor,  garantem que o “ procedimento é obrigatório para garantir a continuidade do seu pagamento a partir de janeiro de 2012”. A página oficial do governo do estado para esse fim (Mudança de Conta), chega a colocar um link direto com o banco Bradesco para acesso do servidor.

             Amplamente divulgado pela imprensa como um procedimento obrigatório, a abertura da conta corrente, era imposta a partir de um envelope pronto com o nome do servidor, cartão de crédito e até documentos previamente marcados. Quem pedisse apenas a conta salário, lhe era negado e informado que o preenchimento de toda a papelada era obrigatória sob pena do servidor ficar sem salário a partir de janeiro.

             A Regional 3 e a CSP Conlutas, entidade que também fará parte da ação civil pública, também exigirão esclarecimentos quanto aos gastos com a montagem dos postos de atendimento. Se há dinheiro público num grande esquema montado para iludir o servidor, o governo do Estado terá que responder na justiça.

             O esquema levou que milhares de servidores públicos tivessem que se dirigir aos postos de atendimento, com gastos de passagens ou táxis, quando tudo poderia ser feito em alguma agência perto da residência de cada um.

              Além da ação civil pública a  denúncia será entregue  na Alerj, no Ministério Público e na OAB. Para mais detalhes sobre o assunto, acesse o site da Regional 3 do Sepe:



http://regional3.sepe.tenhosite.com/site/

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

MEC vai recorrer de decisão sobre idade de ingresso escolar

Resolução do CNE diz que aluno precisa ter feito 6 anos até 31 de março

             RIO - O Ministério da Educação (MEC) vai recorrer da decisão do juiz federal Cláudio Kitner, da 2ª Vara da Justiça Federal em Pernambuco, que suspendeu uma resolução que impedia a matrícula de crianças menores de 6 anos no ensino fundamental. Pela regra, estabelecida em 2010 pelo Conselho Nacional de Educação (CNE), órgão vinculado à pasta, o aluno precisa ter 6 anos completos até 31 de março do ano letivo para ser matriculado no 1° ano do ensino fundamental – caso contrário deverá permanecer na educação infantil.
             A decisão, em caráter liminar, atende a um pedido do Ministério Público Federal, contra a resolução do CNE que determinava o novo limite de idade. A liminar do juiz de Pernambuco deixa a critério da escola aceitar ou não a matrícula de alunos em idade fora das normas.
             - Nós queremos preservar a normalidade dos sistemas de ensino para que eles possam começar o ano letivo de letivo de 2012 organizadamente - defendeu a secretária de Educação Básica do MEC, Maria do Pilar Lacerda durante entrevista à Agência Brasil.
De acordo com Pilar, 80% das redes públicas de ensino já respeitam o prazo de 31 de março. A pressão para que crianças menores de 6 anos sejam matrículas no 1° ano do ensino fundamental vem dos estabelecimentos privados. O MEC e o CNE argumentam que a criança pode ser prejudicada se ingressar precocemente no ensino fundamental. A consultoria do MEC deverá se reunir com membros do CNE no início da próxima semana para elaborar o recurso.
             - A gente tem que tomar muito cuidado para que essa matrícula não vire uma disputa de mercado. E mais do que isso, que ela impeça a criança de viver plenamente a infância porque irá submetê-la às exigências do ensino fundamental como o rendimento - disse Pilar.
             Em sua decisão, o juiz Cláudio Kitner defendeu que a competência de cada criança precisa ser avaliada individualmente e a aptidão para o ingresso não pode ser baseada apenas no critério cronológico. Segundo ele, permitir a matrícula a uma criança que completa 6 anos em 31 de março e negar a outra que faz aniversário um mês depois fere o princípio da isonomia.
             Segundo Pilar, a escola pode avaliar casos específicos de crianças que já leiam, escrevam e tenham a maturidade necessária para ingressar no ensino fundamental aos 5 anos, mas acredita que esse alunos são exceções.

Critério cronológico
             Na decisão da Justiça, o juiz afirma que "as resoluções em destaque põem por terra a isonomia, deixando que a capacidade de aprendizagem da criança individualmente considerada seja fixada de forma genérica e exclusivamente com base em critério cronológico, que não tem qualquer cientificidade comprovada".
             Kitner aponta, ainda, que a proibição "macula a dignidade da pessoa humana, ao obrigar crianças que não se incluam na faixa etária definida no critério das destacadas resoluções a repetirem de ano, obstando o acesso ao ensino fundamental, nível de ensino mais elevado, ainda que seja capacitado para o novo aprendizado".
             O procurador responsável pelo caso, Anastácio Nóbrega Tahim Júnior, afirmou na ação que “o Conselho Nacional de Educação deveria ter previsto a possibilidade de se proceder a uma avaliação psicopedagógica das crianças que pretendem ingressar na primeira série do ensino fundamental, critério de admissão que privilegiaria a capacidade de cada uma e não a sua data de nascimento, garantindo-se, com isso, tratamento isonômico”.
Como é em caráter liminar, o MEC tem um prazo de 20 dias para recorrer.

Fonte: O Globo

Intervalo de 11 horas entre duas jornadas é aplicável aos professores

             O artigo 66 da CLT estabelece que o empregado tem direito ao descanso mínimo de 11 horas entre o término de uma jornada e o início da jornada seguinte. Ao constatar que as instituições de ensino reclamadas desrespeitaram essa regra, a juíza Olívia Figueiredo Pinto Coelho, titular da 13ª Vara do Trabalho de Belo Horizonte, decidiu condená-las, de forma solidária, ao pagamento das horas extras postuladas por uma professora. A magistrada reconheceu, ainda, o direito da professora de receber o adicional noturno.

           A professora relatou que, duas vezes por semana, trabalhava até às 22h35 sendo que, no dia seguinte, iniciava suas atividades às 07h20. Em defesa, as instituições de ensino negaram a existência de trabalho até o horário informado, acrescentando, ainda, que a observância do intervalo de 11 horas entre o término de uma jornada e o início da jornada seguinte não se aplica à categoria profissional dos professores.

         No entanto, conforme observou a magistrada, uma das reclamadas produziu prova contrária às suas próprias alegações: anexou ao processo documentos que comprovam que a professora ministrava aulas em horário noturno.

           Além disso, a magistrada salientou que não houve demonstração do horário efetivo das aulas, ônus que cabia à empregadora, por tratar-se de empresa que tem mais de dez empregados. Nessa circunstância, a empresa deve manter controle de jornada, nos termos do artigo 74 da CLT.

        A julgadora destacou que a categoria dos professores possui, de fato, regras próprias quanto à jornada máxima e remuneração, previstas nos artigos 318 a 321 da CLT. Mas, como não existe disposição específica em relação ao intervalo entre duas jornadas, a magistrada entende que deve ser aplicada a regra do regime normal previsto na CLT, pois as normas trabalhistas gerais se aplicam às categorias difere nciadas e regulamentadas, naquilo em que não lhes contradizem. No mais, lembrou a julgadora que as normas jurídicas que regulam os intervalos interjornadas são imperativas, já que visam à proteção da saúde do trabalhador.

"Importante salientar que, muito embora a reclamante faça parte de categoria diferenciada, a Constituição Federal de 1988 assegura a todos os trabalhadores urbanos e rurais a remuneração do trabalho noturno superior à do diurno (art. 7º, IX), motivo pelo qual as disposições contidas no artigo 73, da CLT, são aplicáveis ao caso em tela.

        De igual sorte, o artigo 66 da CLT não guarda qualquer incompatibilidade com as demais normas aplicáveis à categoria dos professores, sendo plenamente aplicável no caso em tela" finalizou a juíza sentenciante, deferindo à professora, entre outras parcelas, os adicionais noturnos a incidirem sobre 70 minutos semanais ao longo do período não prescrito e 4h e 30min extras seman ais, decorrentes do descumprimento do intervalo interjornadas por parte das instituições de ensino. O TRT mineiro manteve a condenação.

Fonte: Tribunal Regional do Trabalho 3ª Região Minas Gerais, em 22/11/2011.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Denúncia: SEEDUC já começou a promover o fechamento de escolas noturnas estaduais

             Ontem, vários profissionais de educação que trabalham no Colégio Estadual Francisco Cabrita (Avenida Melo Matos 34 - Tijuca) tiveram uma desagradável surpresa quando foram abrir as novas contas dos servidores do Estado no Bradesco e foram informados pelos funcionários do banco que eles não estão mais lotados nesta escola e, sim, na Escola Estadual Herbert Viana. A informação é uma confirmação clara de que o projeto do secretário de Estado de Educação, Wilson Risolia, de promover o fechamento de dezenas de escolas estaduais noturnas já começou, sem qualquer aviso prévio para as comunidades escolares.

               Ao promover o fechamento de escolas e a transferência de profissionais e alunos para outras, a SEEDUC, mais uma vez, demonstra toda a sua insensibilidade e o seu descompromisso para o processo pedagógico dos alunos e mostra também não ter nenhuma sensibilidade ao fechar uma escola que atende alunos de uma das comunidades da Tijuca, transferindo estes alunos para uma outra unidade, localizada em área de difícil acesso  e mais distante das suas residências - no topo de uma ladeira, que fica no pé do morro do Turano, o que pode criar problemas de acesso para os alunos que estudavam na Francisco Cabrita, muitos deles com idades avançadas e que terão que subir uma ladeira para poderem continuar estudando.

             A comunidade escolar, ao ficar ciente do fechamento da sua escola, já avisou que não irá aceitar a transferência e irá se mobilizar para reverter a situação.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Sepe/RJ protesta nesta quarta contra fechamento de escolas estaduais

           Profissionais, alunos e pais das escolas estaduais noturnas ameaçadas de fechamento realizarão um ato hoje, quarta-feira, dia 23, na porta da Secretaria Estadual de Educação (Seeduc) na Rua da Ajuda, Centro, às 18h, para protestar contra o anúncio feito pelo secretário de estado de Educação, Wilson Risolia, do fechamento de 48 escolas que funcionam em regime compartilhado com a Secretaria Municipal de Educação do Rio (as escolas têm aulas da rede municipal de dia e da rede estadual no turno da noite).

            Além do ato, o sindicato vai promover uma campanha publicitária intitulada "Fechar escolas é crime", veiculando mensagens contra a política da Seeduc de extinção de escolas noturnas na capital e dos municípios, que também terão unidades fechadas.

       O Sepe está à frente da luta em várias escolas ameaçadas, mobilizando as comunidades escolares com atos de protesto, reuniões e audiências na Secretaria para reverter o processo de extinção de escolas, que ameaçava o ano letivo dos alunos do ensino estadual noturno. A mobilização foi iniciada em meados deste ano, quando Risolia anunciou a intenção de fechar mais de duas dezenas de escolas noturnas que atendiam alunos das regiões da Tijuca, Rio Comprido e Centro. Graças à mobilização, a secretaria acabou revertendo o fechamento.

         Em outubro, por exemplo, a mobilização do Colégio Tereza Cristina, em Brás de Pina, impediu a Seeduc de extinguir várias turmas e realocar os alunos, e isto faltando dois meses para o final do ano letivo. Depois de vários protestos e reuniões na escola, na Metropolitana local e na Secretaria, o secretário recuou da decisão e os alunos não foram prejudicados.

         Agora, a Seeduc volta a atacar o direitos dos alunos à escolas públicas noturnas e ameaça fechar 48 unidades para o ano letivo de 2012. A iniciativa faz parte do processo de municipalização e de "otimização" das unidades estaduais. Mas o sindicato e as comunidades escolares não irão permitir que a política de mercantilização da escola pública estadual prejudique ainda mais a educação em nosso estado.

Rede municipal de Caxias fará paralisação de 24 horas amanhã:

        Os profissionais das escolas municipais de Duque de Caxias farao uma paralisação de 24 horas na quarta feira (dia 23 de nnovembro). Nesse dia, a categoria fará um ato público na Praça Roberto Silveira pela qualidade do ensino, a partir das 13h.

Contato com o Sepe Caxias: Tel: 2671-1709/email: sepe.caxias@ig.com.br


ASSESSORIA DE IMPRENSA/SEPE – TEL: 2524-0167. Contato com os coordenadores do Sepe: Cláudio Monteiro (8741-8571) Danilo Serafim (9977-9846); Maria Beatriz Lugão (9188-6671 / 9977-9843); Sérgio Paulo Aurnheimer (8797-5007) e Vera Nepomuceno (9987-2867).

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Mais de 680 instituições são 'reprovadas' pelo MEC. Veja lista.

          O MEC publicou hoje o IGC (Índice Geral de Cursos), indicador que leva em conta a nota dos alunos no Enade (exame federal) e outros indicadores como infraestrutura e qualidade do corpo docente.

          O índice tem notas que vão de 1 a 5, e são consideradas insatisfatórias as médias 1 e 2. Foram avaliadas 2.176 universidades, faculdades e centros universitários.
As 683 instituições com notas baixas vão passar por supervisão do governo federal e podem ser alvo de medidas que vão do arquivamento de pedidos de abertura de novos cursos até o descredenciamento.

          Por outro lado, as 158 instituições bem avaliadas (IGC 4 ou 5) que têm algum pedido de abertura de novos cursos em tramitação no MEC poderão ter autorização automática, sem necessidade de visitas.

       As medidas oficias serão anunciadas na tarde desta quinta-feira pelo ministro da Educação, Fernando Haddad.

       Também foi publicado no "Diário Oficial da União" a listagem dos 422,8 mil cursos avaliados pelo Enade 2010. A cada um foi atribuído um CPC (Conceito Preliminar de Curso), que leva em conta, além do Enade, indicadores como a titulação dos professores. Os resultados 1 e 2 são considerados insatisfatórios, o 3 razoável e o 4 e o 5 bons.

        Em 2010 foram avaliados os bacharelados em agronomia, biomedicina, educação física, enfermagem, farmácia, fisioterapia, fonoaudiologia, medicina, medicina veterinária, nutrição, odontologia, serviço social, terapia ocupacional e zootecnia, e os cursos superiores de tecnologia em agroindústria, agronegócios, gestão ambiental, gestão hospitalar e radiologia.


Fonte: Folha de S Paulo, em 17/11/2011.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Sepe/RJ se reuniu com direção do Rioprevidência para cobrar explicação sobre não inclusão de funcionários aposentados e pensionistas no Plano de Carreira

             O Sepe/RJ se reuniu ontem (dia 17/11) com a direção do Rioprevidência para esclarecer dúvidas sobre os direitos dos funcionários administrativos (aposentados e pensionistas) que integram o quadro da rede estadual, no que diz respeito aos vencimentos daqueles que não tiveram incorporados aos seus salários de inativos os benefícios e reajustes oriundos da aprovação do plano de carreira dos funcionários no segundo semestre deste ano. Estiveram presentes na reunião os diretores do Rio Previdência, Gustavo Barbosa e  Roberto Moisés, que explicaram à direção do Sepe o porquê da não incorporação dos benefício do Plano de Carreira nos vencimentos de vários profissionais aposentados e pensionistas.

             A reunião com a direção do Rioprevidência foi agendada por indicação do secretário estadual de Educação, Wilson Risolia, durante uma audiência realizada na SEEDUC no dia 10 de novembro. Questionado sobre os motivos de vários aposentados e pensionistas não estarem recebendo os aumentos e benefícios gerados pelo descongelamento do Plano de Carreira, o secretário Risolia sugeriu que o Sepe agendasse uma reunião com os diretores do Rioprevidência para esclarecer os motivos do problema.

Rioprevidência explicou que somente quem se aposentou pelo patamar mínimo de tempo de serviço e de contribuição teria direito aos reajustes do descongelamento do Plano de Carreira

                  O Rioprevidência explicou que, por determinação da Emenda Constitucional 41, de 2003, só têm direito à paridade e a integralidade nos vencimentos os servidores que se aposentarem no patamar mínimo de 30 anos de serviço e de contribuição, sendo que aqueles que se aposentaram fora destes casos ficariam de fora das regras que garantem a paridade com os servidores da ativa e têm seus proventos da aposentadoria calculados pela média aritmética dos seus vencimentos durante o serviço na ativa. Ou seja, segundo a direção do Rioprevidência, estes funcionários não teriam direito aos aumentos proporcionados pelo descongelamento do Plano de Carreira e têm seus vencimentos reajustados pelo reajuste do salário mínimo nacional (R$ 545,00).

Fonte: SEPE/RJ

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Sepe/RJ convidou secretário Risolia para a Conferência de Educação

            O Sepe/RJ realiza, na Alerj, nos dias 2 e 3 de novembro a Conferência de Educação, que vai discutir a meritocracia. O sindicato convidou o secretário Wilson Risolia para participar. A Seeduc já abonou os dias para os profissionais de educação do estado.

            No dia 1 e 2, ocorrerão encontros por setores em preparação à Conferência (aposentados, funcionários e animadores culturais) - também na UERJ.

            No dia 2, às 18h, ocorrerá a abertura da conferência, no auditório 71; no dia 3, no mesmo auditório, será realizada a plenária, a partir das 9h.

           O site do Sepe disponibilizou o cartaz do evento, no link "Publicações da rede estadual".

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Fechar escolas é crime: Sepe/RJ fará campanha e protesto no dia 23/11 contra fechamento de escolas estaduais noturnas

             O Sepe/RJ, juntamente com os profissionais e alunos das escolas estaduais noturnas ameaçadas de fechamento, realizará um ato no dia 23 de novembro, na porta da SEEDUC,  a partir das 18h, para protestar contra o anúncio feito pelo secretário de estado de Educação, Wilson Risolia, de fechamento de 48 unidades que funcionam em regime compartilhado com a Secretaria Municipal de Educação (municípo de dia e estado no turno da noite).

"Fechar escolas é crime" será o slogan da campanha contra extinção de unidades noturnas

            Além do ato, o sindicato vai promover uma campanha intitulada "Fechar escolas é crime", veiculando mensagens contra a política da SEEDUC de extinção de escolas noturnas em carros de som nas ruas da capital e dos municípios que também terão unidades fechadas, colagem de cartazes, distribuição de adesivos como slogan contra a medida e publicação de encarte publicitário em um jornal de grande circulação. Para o ato do dia 23 de novembro, o sindicato também veiculará uma chamada de rádio para mobilizar profissionais, alunos e responsáveis envolvidos no problema e a população em geral.

            Em 2010, o Sepe esteve à frente da luta em várias escolas ameaçadas, mobilizando as comunidades escolares com atos de protesto, reuniões e audiências na SEEDUC para reverter o processo de extinção de escolas, que ameaçava o ano letivo dos alunos do ensino estadual noturno. A mobilização foi iniciada em meados deste ano, quando Risolia anunciou a inteção de fechar mais de duas dezenas de escolas noturnas que atendiam alunos da região da Tijuca, Rio Comprido e Centro. Graças à mobilização, a secretaria acabou revertendo o fechamento. Em outubro, foi a vez da mobilização da comunidades na escola  Tereza Cristina (Brás de Pina), onde a SEEDUC queria extinguir várias turmas e realocar os alunos há dois meses do final do ano letivo. Depois de vários protestos e reuniões na escola, na Metropolitana local e na SEEDUC, o secretário recuou da decisão e os alunos não foram prejudicados.

             Agora, a SEEDUC volta a atacar o direitos dos alunos à escolas públicas noturnas e ameaça fechar 48 unidades para o ano letivo de 2012. A iniciativa faz parte do processo de municipalização e de "otimização" das unidades estaduais e o sindicato e as comunidades escolares não irão permitir que a política de mercantilização da escola pública estadual prejudique ainda mais a educação em nosso estado.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Quem ainda quer ser professor?

           Há fortes evidências, nos dias atuais, de que a profissão docente vive uma crise sem precedentes na história do nosso ensino. A despeito da grande diversidade de condições da oferta e demanda por escolarização, tanto no que se refere à condição docente quanto à condição discente, produto da diferenciação sociocultural e das desigualdades socioeconômicas, essa crise atravessa a estrutura da escola de alto a baixo.


         Ela combina ingredientes de natureza muito diversa, mas o elemento-chave da sua explicação é o baixo valor do diploma de professor, sobretudo na educação básica, tanto no mercado de bens econômicos (salário) quanto no mercado de bens simbólicos (prestígio). Esse baixo valor do diploma expressa um terrível paradoxo: quanto mais expandimos a oferta do ensino, maior se revela nossa dificuldade de formar professores para atendê-la.


        Estamos pagando o preço caro de uma conquista. Desde o século 18, na Europa, e pelo menos desde o final do século 19, no Brasil, reivindica-se educação como direito do cidadão e dever do Estado. Pois bem, todos - ou quase todos - vieram para a escola. Vieram os camponeses, os das periferias urbanas, os indígenas, os deficientes físicos e, inclusive, os que não querem saber de escola. Vieram por direito, resultado de lutas históricas pela sua inclusão nos sistemas de ensino. Mas, como não há milagres em matéria de educação e ensino, isso também exigiria formar em quantidade e qualidade os professores que dariam conta dessa tarefa em condições que obedecessem a patamares mínimos de decência.


        O Brasil universalizou recentemente o ensino fundamental e trabalha arduamente para universalizar, até 2016, a educação infantil e o ensino médio, cujo atendimento está na casa de míseros 50%. Não bastasse a escassez de professores para a demanda atual, que o MEC já contabiliza na casa dos 250 mil, sobretudo para o ensino das ciências, universalizar a educação básica implica a necessidade de formar mais e bem os professores para realizar a tarefa. Essa legítima proposta do Plano Nacional de Educação esbarra, contudo, em problemas cuja gravidade nos deixa poucas expectativas para sua realização.


        Um desses problemas é a baixa atratividade da carreira docente, com recrutamento dos estudantes dos cursos de licenciatura justamente entre aqueles de escolarização básica mais precária. Indicador preocupante dessa baixa atratividade está expresso na relação candidato/vaga dos últimos 13 vestibulares da UFMG (2000-2012), o que parece estar longe de ser uma situação exclusiva desta Universidade. Em 2000, dos 17 cursos mais concorridos, seis formavam professores. Para o vestibular 2012, não há um único curso de licenciatura entre os 15 mais concorridos.


        Mantida a atual tendência, em três ou cinco anos não teremos candidatos aos cursos de licenciatura. Cursos como Ciências Biológicas, Educação Física, Geografia, História, Letras, Matemática e Pedagogia, que eram disputados numa correlação de 12 a 30 candidatos por vaga, há dez anos, para 2012 contarão, respectivamente, com 3,5; 2,1; 1,6; 4,8; 1,4; 2,9 e 3,0 candidatos para cada vaga. Mesmo considerando que houve aumento do número de vagas em alguns deles, redução da concorrência em outros cursos que não os de licenciatura e que caiu de 18 para 9 a média geral da relação candidato/vaga na universidade, a generalizada queda da concorrência nos cursos de licenciatura é forte evidência de que há pouco interesse pela docência atualmente.


        Mas isso é apenas parte do problema. Um segundo elemento a ser considerado é o elevado índice de desistência da profissão. Grande número dos que se formam professores não terão as salas de aula como destino ocupacional. A universidade fez elevado investimento, nas duas últimas décadas, criando cursos exclusivamente de licenciatura, em que a escolha precede o vestibular. Grande parte dos alunos desses cursos diz explicitamente que a sala de aula não é a sua opção. E um dos motivos mais apontados é a informação sobre o elevado índice de abandono da profissão, isto é, professores experientes que se afastam por adoecimento ou por não suportarem mais ser vítimas de violência física e/ou simbólica no cotidiano da sala de aula.


        Internamente, a Universidade tem enfrentado o problema com ações como o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid), que concede bolsas de estudos e um trabalho de formação diferenciada para alunos dos cursos de licenciatura. Contudo, se não forem modificadas as condições gerais da docência, para fazer dela uma carreira atraente, simplesmente não teremos professores para atuarem na universalização da educação básica.


Artigo de João Valdir Alves de Souza, professor de Sociologia da Educação na FeE/UFMG, coordenador do Colegiado Especial de Licenciatura e do Grupo de Pesquisa sobre Formação de Professores e Condição Docente.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Sepe/RJ realiza plenária para discutir escolas estaduais sob ameaça

             O Sepe promoverá uma plenária nesta terça-feira (dia 8/11), às 18h, no auditório do sindicato, para discutir com os profissionais dos colégios estaduais ameaçados de municipalização e aqueles compartilhados com a Secretaria Municipal de Educação do Rio (SME) ameaçados de fechamento.  A plenária é válida para as unidades da capital.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Encontro Eatadual de Lideranças de Aposentados no dia 8 de novembro

          O Sepe/RJ realizará no dia 8 de novembro um Encontro Estadual de Lideranças de Aposentados. 
            O encontro será realizado no auditório do sindicato do Rio de Janeiro, das 9h às 17h e dele podem participar dois aposentados por núcleo ou regional