quinta-feira, 29 de março de 2012

Marcha em defesa da Educação pública


Os profissionais das escolas públicas estaduais fizeram uma paralisação de 24 horas ontem, dia 28/03.


Esta foi a terceira paralisação que a categoria realizou em 2012, desde que a Campanha Salarial foi aberta no início defevereiro. Na quarta-feira, os cerca de 80 mil professores e funcionários das 1.640 escolas da rede estadual pararam e participaram da grande Marcha em Defesa da Escola Pública, que está sendo promovida pelo Sepe e diversas entidadesque integram o Fórum Estadual em Defesa da Escola Pública.


A Concentração para a passeata foi marcada para as 15h, na Candelária. De lá professores, funcionários e alunos deescolas públicas estaduais, municipais, universidades federais e estaduais no Rio de Janeiro, escolas técnicas e entidadesdo movimento civil ligadas ao setor educacional seguiram em direção à Cinelândia, onde foi realizado um ato-show em defesa da Educação.


A mobilização visou denunciar as péssimas condições da Educação Pública, tanto no Brasil, como no estado e cobrar maisinvestimentos, menos privatização e mais qualidade. As unidades da FAETEC (escolas técnicas estaduais), do ColégioPedro II e Universidades públicas que funcionam na capital e interior também estiveram presentes na passeata. Do interior do estado foram caravanas com profissionais e estudantes que trabalham e estudam em unidades do Grande Rio e municípios do interior.


Os profissionais de educação da rede estadual reivindicam 36% de reajuste salarial, conforme deliberação de assembleiada rede estadual, levando em conta o aumento da arrecadação estadual, além de 1/3 da carga horária paraplanejamento extraclasse e o fim do Programa Autonomia, entre outros pontos.

terça-feira, 27 de março de 2012

Professores culpam pais e alunos por nota baixa

Para mais de 80% deles, falta de acompanhamento da família e desinteresse do estudante explicam mau desempenho escolar 


RIO e RECIFE - O aluno não aprende porque os pais não o acompanham? Para 88% dos professores do nível fundamental da rede pública no país, sim. Quase 81% também acreditam que um aluno não vai bem na escola porque não se esforça. Os dados fazem parte de um levantamento feito pelo Movimento Todos Pela Educação em respostas dadas por professores da rede pública na Prova Brasil, do Inep. E levantam a questão: num sistema educacional público com má remuneração para o magistério e escolas mal equipadas, que recebem estudantes em que a própria família já tem, em geral, baixa escolaridade e frágil nível cultural, de quem é a culpa pelo mau aluno?

No Questionário do Professor da Prova Brasil de 2009, os professores receberam uma lista de possíveis causas para problemas de aprendizagem dos estudantes, para dizer com quais causas mais concordavam. Quase todos concordaram com as respostas "Falta de assistência e acompanhamento da família nos deveres de casa e pesquisas do aluno" e "Desinteresse e falta de esforço do aluno". Respostas que poderiam mostrar a responsabilidade do professor ou da escola — "Baixo salário dos professores, que gera insatisfação e desestímulo para a atividade docente" e "Escola oferece poucas oportunidades de desenvolvimento do aluno" — tiveram 30,5% e 27,4%, respectivamente.
— Como a educação depende de vários setores, é esperado que um jogue a responsabilidade para o outro. Se você for perguntar para muitos pais, eles vão dizer que a escola não ensina direito. Mas, apesar de esperada essa responsabilização do outro, é preocupante que o professor coloque a culpa na família, se pensarmos que, nas escolas públicas, em diversas vezes não lidamos com crianças imersas no mundo letrado. Jogar a culpa para a família, nesses casos, é o professor falar "não consigo lutar contra isso". Nesse tipo de realidade, a função da escola pública é essa mesmo, é exercer um papel que a família e o meio em que o aluno vive não estão conseguindo cumprir. O contrário seria condenar a criança pobre a não aprender — analisa Priscila Cruz, diretora-executiva do Todos Pela Educação.

Novas formas de participação
Se a família não consegue acompanhar a educação do aluno, diz Priscila, o papel da escola seria achar maneiras de estimular esse acompanhamento.
— Não podemos partir da suposição de que a família não apoia porque não quer. Às vezes é porque não sabe mesmo, em muitos casos os pais estudaram menos do que o filho. Além disso, a escola reclama que os pais não vão às reuniões, mas as marca na terça às 9h. A classe trabalhadora trabalha na terça às 9h — destaca Priscila, para quem o baixo número de respostas de professores colocando a responsabilidade no nível salarial e no desestímulo que isso provoca também era esperado. — Seria até antiético, eles estariam admitindo que dão uma aula ruim.
Em áreas com indicadores sociais críticos, como Norte e Nordeste, a falta de acompanhamento da família às vezes tem a ver com problemas como o analfabetismo. Ramone Maria do Nascimento, do bairro de Afogados, em Recife, tem duas filhas na escola, Vanessa e Vandressa, alunas do colégio municipal Mércia Albuquerque. A mãe não sabe sequer escrever o nome todo:
— Vanessa precisou de muita ajuda na escola. Pedia às colegas para ensinar, pois não sei ler.
Vanessa, de 11 anos, escreve com desenvoltura, mas não sabe pontuar. Não leu um só livro em 2011 ou este ano.
Na casa de Cássia Cristina da Silva, no mesmo bairro, são quatro os filhos na escola. Com pai pedreiro com pouco estudo e ela analfabeta, as crianças só não tiveram mais dificuldades porque os pais pagaram reforço.
— Hoje um reforço aqui no bairro está entre R$ 35 e R$ 45 por aluno. A gente não pode mais — reclama Cássia, que este ano comemorou o fato de a filha Cassiana ter conseguido um colégio com tempo integral.
No Mércia Albuquerque, a diretora Maria José Moura acha que atribuir culpa aos pais ou alunos é raciocínio distorcido:
— São vários fatores em comunidades como esta, com histórico de violência. A maioria dos alunos não tem pai. Outros estão com o pai preso ou envolvido com o tráfico. A comunidade não tem banheiro. Muitos alunos passavam muito tempo no banheiro, e descobri que era para aproveitarem o chuveiro, a torneira, que não têm em casa.
Mudar a forma de participação da família parece ser a saída, afirmam pesquisadores.
— Nas séries iniciais, acredito que a responsabilidade maior pela educação da criança seja da escola, porque são alunos mais interessados. A partir da adolescência, o interesse da família em acompanhar ganha peso maior. Agora, é mais fácil culpar os pais, quando a leitura correta é: como a escola pode mudar para conquistar esses pais? — diz João Batista Oliveira, presidente do Instituto Alfa e Beto. — A escola trata o pai mal, só fala mal do filho. O pai não volta a segunda vez. Quando a escola poderia, em vez disso, falar sobre o que o filho tem de bom. Se o aluno picha, como converter aquilo num trabalho com artes, por exemplo. Em vez de chamar o pai só para reuniões, chamá-lo para falar de cursos para esse pai.
— A família de aluno de rede pública em geral participa pouco. O problema são as condições de participação, que afetam a qualidade dela. A escola tem de melhorá-las — afirma Daniel Cara, coordenador da Campanha Nacional pelo Direito à Educação. — Estudos mostram que o chamado efeito-família tem peso similar no aprendizado ao do efeito-escola. Mas, no Brasil, o efeito-família tem um obstáculo, a baixa escolaridade de boa parte das famílias. Aí, a escola é que tem de ser a diferença.
No bairro Jockey, em São Gonçalo, Região Metropolitana do Rio, o modo que a Escola Estadual Professora Odyssea Silveira de Siqueira encontrou para atrair a família foi, além das tradicionais reuniões de pais, chamar para palestras sobre temas como drogas e gravidez; e para comemorações como desfiles ou o aniversário da escola. No início de 2011, quando o colégio ficou sem diretor por alguns meses, pais de alunos chegaram a se reunir para ajudar na limpeza e na manutenção do espaço.
— Não adianta a escola ser bilíngue se a família não mostra ao filho o valor de ter um projeto de vida. E a escola, em regiões como a nossa, precisa também educar os pais para isso — diz a professora de Ciências Marcele Kloper Balado, coordenadora do projeto Os Pais na Escola, criado há um ano no Odyssea.
— Chamar o pai só para reclamar do filho não funciona. Tem de saber como chamar esse pai — acrescenta o diretor do colégio, Carlos José Pestana Moreira, destacando a melhora dos resultados da escola nas provas do Saerj em 2011, ficando acima das notas médias do estado.
Quando o filho explica o dever
Mãe de dois alunos do Odyssea, a dona de casa Joelma de Lima, que estudou até a antiga 3 série primária, diz que aprendeu a fazer o casal de filhos explicar para ela o dever de casa:
— Explicaram raiz quadrada, que para mim era coisa do outro mundo, e uma coisa de ciência que gostei muito, sobre evolução do ser humano. Se deixar as criança por ela mesma, ainda mais a mais velha, não vai estudar como deveria — diz Joelma, concordando que não há pai ou mãe que goste de só ouvir falarem mal do filho. — Fico mais tranquila, porque não chamam só nesses momentos.
A resposta "Carência de infraestrutura física e pedagógica da escola" recebeu apenas 28% da concordância dos professores no levantamento da Prova Brasil. Mas, para Danilo Serafim, professor de Sociologia da rede estadual do Rio e coordenador geral do Sindicato dos Professores do Estado do Rio (Sepe), esse é um dos principais itens que demonstram que o culpado não é nem o pai nem o professor:
— É o sistema educacional. As políticas educacionais, que não põem contraturno nas escolas, laboratórios... Estive numa escola de Valença recentemente, e, quando chove, o professor tem de levar os alunos para o banheiro, o único lugar onde não chove lá dentro. É claro que há diferença do aluno de uma família que participa para um que tem família ausente. Mas estou perplexo com o fato de a maioria dos professores ter respondido que a causa está nos pais. Se o professor ficar apontando dedo para a família, e a família, para o professor, os reais responsáveis só vão ficar assistindo a isso de camarote.

quinta-feira, 22 de março de 2012

terça-feira, 20 de março de 2012

Mais de 30 mil escolas vão ter aula em tempo integral este ano

             A presidenta Dilma Rousseff disse que mais de 30 mil escolas em todo o país vão ter aula em tempo integral ainda em 2012. Segundo ela, o Programa Mais Educação, que oferece atividades em tempo integral aos estudantes do 1º ao 9º ano, deve beneficiar 5 milhões de estudantes em todo o país – inclusive em escolas rurais.
            “O Programa Mais Educação é responsável por uma grande transformação que já estamos fazendo em 15 mil escolas do ensino fundamental de todo o país. Hoje, 2,8 milhões de estudantes do 1º ao 9º ano já ficam na escola o dia todo. Eles participam de atividades orientadas, que vão desde o acompanhamento das tarefas escolares até a prática de esportes, aulas de arte e informática”, explicou.
           No programa semanal Café com a Presidenta, Dilma ressaltou que a meta de 30 mil escolas com ensino fundamental em tempo integral era esperada para 2014 e que o novo número definido para o último ano de governo passou a ser de 60 mil escolas integradas ao Mais Educação.
      “Elas [as crianças] ficam na escola, no mínimo, sete horas por dia. Lá, recebem um lanche pela manhã, almoçam e depois, à tarde, fazem novo lanche. E o que é importante: têm reforço em matemática, português, ciências, praticam esportes, têm aula de arte e ainda fazem informática”, explicou.
           O Ministério da Educação está com inscrições abertas até o próximo dia 30/3 para novas adesões das prefeituras ao Mais Educação. Ao todo, o governo deve investir R$ 1,4 bilhão este ano no programa. Têm prioridade escolas onde estudam beneficiários do Bolsa Família e também as que tiveram baixa avaliação no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).
           “As atividades complementares podem contribuir muito para melhorar a qualidade da educação das nossas crianças”, disse a presidenta. “É uma forma de superar desigualdades, permitir que todas as crianças tenham uma boa educação e acesso a atividades que serão muito importantes para o seu futuro”, concluiu.
Fonte: Agência Brasil, em 12/3/2012.

terça-feira, 13 de março de 2012

Profissionais da Educação estadual e municipal vão parar por 24 horas nesta quarta

Nesta quarta-feira, dia 14 de março, os profissionais das escolas estaduais e municipais farão uma paralisação de 24 horas. A paralisação faz parte de uma mobilização nacional em defesa da educação pública e da valorização dos profissionais do setor. Às 10h, na Cinelândia, a rede estadual e a municipal do Rio farão um ato público conjunto em defesa da escola pública e para reivindicar melhores salários. Com o mesmo objetivo, em outros municípios do estado, como Angra dos Reis e Duque de Caxias, serão realizados atos públicos; já Friburgo, Barra Mansa e São Gonçalo, além de manifestações, vão parar por 24 horas. Volta Redonda fará uma meia-paralisação.

Os profissionais da rede estadual (cerca de 72 mil profissionais que trabalham nas 1.600 escolas) já iniciaram a campanha salarial de 2012. Eles reivindicam um reajuste de 36%, a incorporação imediata da gratificação do programa Nova Escola, entre outras reivindicações. A rede municipal do Rio (cerca de 34 mil profissionais que atuam nas 1.064 escolas municipais na capital) também está em campanha salarial e reivindica um reajuste de 20%.
Outra reivindicação comum às duas redes é o cumprimento por parte dos governos da lei federal nº 11.178, que estipula 1/3 da carga horária do professor para atividades extraclasse – e que também cria o piso nacional do magistério. Os governos estaduais pediram no Supremo Tribunal Federal (STF) a inconstitucionalidade da lei, mas o STF decidiu pela sua validade. Mesmo com a decisão do Supremo, os governos estaduais vêm se recusando a aplicar a lei, o que fez com que o Sepe, no começo do ano, entrasse com uma ação na Justiça estadual, exigindo o cumprimento por parte da prefeitura do Rio e do governo do estado da Lei 11.178. 

Uma das conquistas da greve da rede estadual em 2011 foi uma emenda ao Decreto nº 677 do governador Cabral, aprovado em agosto pelos deputados, que garantia o cumprimento da Lei do 1/3. No entanto, desrespeitando o que havia sido negociado para o término da greve, Cabral vetou esta emenda. Na semana passada, a Alerj manteve o veto de Cabral, causando ainda mais revolta na categoria. 

quinta-feira, 8 de março de 2012

Aprovação pela Alerj dos vetos de Cabral à Lei 6.026 é mais um motivo para paralisar no dia 14 de março

            A aprovação na Alerj (dia 07/3) dos vetos do governador Sérgio Cabral a partes da Lei 6.026 de 11 de agosto de 2011, foi um ato feito de forma sorrateira e vai contra tudo aquilo que foi negociado entre a categoria e o Legislativo no final da greve da rede estadual de 62 dias no ano passado. Enquanto os profissionais das escolas estaduais se mobilizam para a luta pela campanha salarial de 2012 e o Sepe corria escolas para preparar as paralisações dos dias 14 e 28 de março, os deputados aprovaram em votação feita de forma sorrateira os vetos do governador.

         Cabral vetou os parágrafos 1º e 2º do Artigo 1º, que trata do abono dos dias parados da categoria. Vetou também os parágrafos 1º e 2º - o primeiro parágrafo garante na carga horária do professor 2/3 de atividades em sala de aula e 1/3 de planejamento. O segundo parágrafo garante o enquadramento por formação para os funcionários administrativos, como rege a Lei 1.348 (Plano de Carreira dos Funcionários da Educação Estadual)

        A aprovação pelos deputados é mais uma prova do quanto é preciso a nossa mobilização e a paralisação do dia 14 de março vem bem a calhar para que possamos dar uma resposta concreta e substancial aos deputados e ao governo do Estado, com um comparecimento massivo ao ato que será realizado na Cinelândia, a partir das 10h.

          A direção do SEPE considera que é um contrasenso e uma falta total de sensibilidade dos deputados aprovar os vetos do governador de forma abrupta, num momento em que a categoria se mobilizava para cobrar destes mesmos deputados a manutenção da totalidade dos artigos do projeto original, tão duramente negociadas entre a categoria e as autoridades estaduais no período da greve de 2011. Ainda mais, tendo em vista que as emendas vetadas pelo governador haviam sida acordadas com as lideranças da Alerj e do governo, deputados Paulo Melo e André Correa.

segunda-feira, 5 de março de 2012

Debate Fechar Escolas é Crime!

Será realizado na UERJ, dia 14 de Março de 2012. 

O SEPE/RJ convida os Profissionais de Educação para o debate "Fechar escolas é crime", que será relizado no dia 14, às 18h. Na mesa estarão presentes os seguintes participantesVirgínia Fontes(Fiocruz/UFF), Roberto Leher(FEDEP), Tarcisio Mota (SEPE/RJ), Paulo Alentejano (FFP/UERJ), MST e Terra Livre.

sexta-feira, 2 de março de 2012

Piso nacional do magistério é definido em R$ 1.451 para 2012

             O Ministério da Educação (MEC) definiu na segunda-feira (27/2) que o valor do piso nacional do magistério será de R$ 1.451 para 2012, o que indica um aumento de 22,22% em relação a 2011. Conforme determina a lei que criou o piso, o reajuste foi calculado com base no crescimento do valor mínimo por aluno do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) no mesmo período.

             A Lei do Piso determina que nenhum professor pode receber menos do que o valor determinado por uma jornada de 40 horas semanais. Questionada na Justiça por governadores, a legislação foi confirmada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no ano passado.

            Entes federados argumentam que não têm recursos para pagar o valor estipulado pela lei. Para casos como esse, o dispositivo prevê que a União complemente o pagamento. Ainda assim, segundo o MEC, desde 2008 nenhum estado ou município recebeu os recursos porque não foi capaz de comprovar a falta de verbas para esse fim.

            Em 2011, o piso foi R$1.187 e em 2010, R$ 1.024. Em 2009, primeiro ano da vigência da lei, o piso era R$ 950. Alguns governos estaduais e municipais seguem criticando o critério de reajuste, usando como argumento que o valor deveria ser corrigido pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), como ocorre com outras carreiras.

            Na Câmara dos Deputados, tramita um projeto de lei que pretende alterar o parâmetro de correção do piso para a variação da inflação. A proposta não prosperou no Senado, mas na Câmara recebeu parecer positivo da Comissão de Finanças e Tributação. A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) prepara uma paralisação nacional dos professores para os dias 14,15 e 16 de março com o objetivo de cobrar o cumprimento da Lei do Piso.

Fonte: Agência Brasil, em 27/2/2012.