terça-feira, 29 de março de 2011

Escolas estaduais e municipais vão parar no dia 31 de março - dia estadual de luta terá passeata no Centro do Rio de Janeiro

                   No dia 31 de março, os profissionais das escolas da rede estadual e da rede municipal do Rio vão fazer uma paralisação de 24 horas. Neste dia, o Sepe e entidades que integram o Fórum Estadual em Defesa da Escola Pública – FEDEP (universidades, sindicados e associações das escolas federais e técnicas, partidos políticos, centrais sindicais e diversas entidades representativas dos estudantes) promovem o Dia Estadual de Luta em Defesa da Educação Pública para exigir dos governos federal, estadual e municipais mais investimentos, melhores salários e melhores condições de trabalho.

               A partir das 10h, profissionais e estudantes, além de representantes das entidades que compõem o FEDEP irão se concentrar na Candelária para uma marcha pela Avenida Rio Branco até a Cinelândia. Ali, será realizado um ato público, com objetivo de denunciar para a população as condições da escola pública no estado do Rio de Janeiro. Depois do ato, os profissionais das redes estadual e municipal farão uma assembléia unificada nas escadarias da Câmara de Vereadores para discutir os próximos passos da mobilização que faz parte da Campanha Salarial 2011 nas escolas estaduais e municipais.

Rede estadual exige reabertura das negociações com governo do estado

                   Nas 1.652 escolas que integram a rede estadual (70 mil profissionais e 1,245 milhão de alunos), os profissionais estão mobilizados para conseguir reajuste emergencial de 26% e pela incorporação imediata e integral da gratificação do Programa Nova Escola (cujo término, estipulado pelo governador Sérgio Cabral, só se dará em 2015). A categoria também reivindica a inclusão dos funcionários de apoio no plano de carreira e paridade para os aposentados da educação. O índice de 26% reivindicado é resultante de parte das perdas salariais entre 2009 e 2010.

                 Hoje, um professor do estado iniciante (nível 1) recebe um piso salarial de R$ 610,38; já um professor que trabalha 22 horas semanais, com 10 anos de rede (nível 3), recebe R$ 766,00; Para comparar: um professor do CAP UERJ, que também é administrado pelo estado, trabalhando 40 horas, recebe R$ 3.299,50 ou 4,31 vezes o que professor nível 3 do estado recebe – a comparação tem que ser feita também em relação às melhores condições de trabalho e mais tempo para atividades extra-classe para o professor do CAP, em relação aos professores da rede normal.

                A situação do funcionário administrativo é ainda pior: se a incorporação do Nova Escola fosse feita imediatamente o piso salarial desse funcionário atingiria somente R$ 533,00 – menos, portanto, que o salário mínimo nacional, que é R$ 545,00.

             O Sepe, reiteradamente, tem tentado buscar a via da negociação com as autoridades estaduais, mas, desde o início do ano, não tem tido resposta do governador aos pedidos de audiência. A última audiência com o secretário de Educação Wilson Risolia foi realizada no início de janeiro, quando ele convocou o sindicato para fazer uma apresentação do seu Plano de Metas e não discutiu as reivindicações da categoria.

Rede municipal luta por 21% de reajuste e fim da privatização:

                    Nas 1.052 escolas da rede municipal do Rio (32 mil professores e cerca de 700 mil alunos – a maior rede municipal da America Latina), os profissionais reivindicam um reajuste de 21% e o fim da iniciativas do prefeito Eduardo Paes e da secretária municipal de Educação Cláudia Costin de abrir as portas das escolas para entidades e organizações do setor privado, como Fundações e ONGs. Em 2010, o prefeito Paes chegou a ser condenado pela Justiça Federal por manter uma política de não aplicar os 25% da arrecadação municipal no setor, o que faz com que a categoria tenha que trabalhar em escolas com superlotação de alunos e falta de equipamentos e pessoal. Hoje, a rede municipal tem carência de mais de 10 mil professores e 12 mil funcionários, como merendeiras, agentes administrativos, pessoal de portaria e inspetores de alunos.


segunda-feira, 28 de março de 2011

13º Congresso Ordinário do SEPE

XIII CONGRESSO ORDINÁRIO DO SEPE/RJ 
ESCOLA NÃO É FÁBRICA, ALUNO NÃO É MERCADORIA, EDUCAÇÃO NÃO É NEGÓCIO
CONTRA A MERITOCRACIA E PRODUTIVIDADE NA EDUCAÇÃO
26, 27 e 28 de maio de 2011 



- Objetivos 
             -Analisar e discutir o processo das reformas sindical, trabalhista, previdenciária e universitária em nível Nacional, Estadual e Municipais; elaborar estratégias e formas de luta que façam frente a desestruturação da Educação Pública e dos movimentos sociais pretendida pelos governos; 
ƒ             -Avaliar a conjuntura e analisar perspectivas de enfrentamentos aos governos 
que realizam políticas neoliberais na Educação Pública; 
ƒ        -Avançar na elaboração de um projeto  alternativo de educação, afirmando a necessidade de construir uma sociedade justa, igualitária e fraterna; 
ƒ              - Refletir sobre a organização do sindicato de forma a garantir a democracia interna e dar conseqüência ao plano de lutas. 


sexta-feira, 25 de março de 2011

Julgamento da ADI do Piso no STF será no dia 30 de março

                    O Supremo Tribunal Federal deve julgar o mérito da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI 4.167) na próxima quarta-feira, dia 30. A ADI que contesta o Piso Salarial dos educadores é o primeiro item da pauta, de acordo com informações repassadas à Assessoria jurídica da CNTE pela presidência do STF.
                   Um ato será realizado na Praça dos Três Poderes, em Brasília, em defesa da Lei do Piso.
                   Cerca de 100 pessoas vão acompanhar o julgamento no Plenário do Supremo. Dois dirigentes por afiliada (82 representantes das 41 entidades), mais a diretoria executiva da Confederação.
                   O traje masculino para acesso ao plenário do STF é, obrigatoriamente, social (terno, gravata e calça social), e o feminino é calça social com blazer ou saia com blazer ou vestido com manga.
                  Nossa capacidade de mobilização será fundamental para o resultado positivo no julgamento desta ADI. 


Fonte: clique aqui

quinta-feira, 24 de março de 2011

Blogueiro que critica governos estadual e municipal foi baleado em Copacabana

          O blogueiro Ricardo Gama, que costuma fazer críticas e denúncias contra os políticos em nosso estado, como o governador Sérgio Cabral e o prefeito Eduardo Paes, foi baleado na manhã desta quarta (dia 23 de março), em Copacabana. Segundo o boletim médico, o estado de saúde de Gomes é considerado grave e ele se encontra internado no Hospital Copa D'or. Gama é responsável pelo blog, http://ricardo-gama.blogspot.com/ que se pauta pelas denúncias e críticas contra as autoridades estaduais e municipais.
           Em setembro de 2009, o blogueiro fez uma grande cobertura, acompanhando as manifestações da rede estadual contra os ataques do governador contra o nosso plano de carreira, tendo dado grande destaque às denúncias sobre as agressões sofridas pelos profissionais de educação durante um tumulto ocorrido na frente da Alerj, quando PM agrediu manifestantes e apontou armas contra a categoria. Ele também colocou no blog imagens de Sérgio Cabral chamando um jovem morador da favela de Manguinhos de "otário", em 2009.
          Na semana passada o blog dele fez uma cobertura sobre os incidentes ocorridos durante a manifestação contra a vinda de Obama ao Brasil, que culminaram na prisão de 13 militantes, entre eles quatro profissionais de educação e uma senhora de 69 anos.
         Vamos esperar que as autoridades de segurança do estado  apurem as causas do atentado e punam seus autores com a mesma rapidez e eficiência com que seus agentes agridem e prendem manifestantes que reivindicam seus direitos de forma pacífica ou moradores das nossas comunidades carentes.


 Fonte: clique aqui